Mecanismos de defesa nas relações afetivas
- Consultório de Psicologia em São Paulo
- 1 de mar. de 2021
- 4 min de leitura
Mecanismos de defesa nas relações afetivas
Quando as pessoas se apaixonam, tendem a perder parcialmente o senso crítico, construindo realidades ilusórias. É comum, também, que os apaixonados \”camuflem\” seus verdadeiros sentimentos, uma vez que correm o risco de não serem correspondidos. Para lidar com esta situação, é comum blindar-se contra o apego usando mecanismo de defesas, propostos por Anna Freud (2006). Vamos analisar cada um deles:
Repressão
ato de reprimir os pensamentos perturbadores para o inconsciente, evitando contato.
A repressão da paixão pode ocorrer evitando manter o pensamento na pessoa alvo.
Formação reativa
comportamento ou pensamento oposto à pulsão inconsciente.
Encontrar ou ampliar os defeitos do outro, para justificar uma rejeição consciente.
Projeção – atribuídos a outras pessoas sentimentos e comportamentos teus:
Imaginar que o outro esteja sentindo o mesmo que você sente, ou se comportando de forma a te atingir, pois você certamente está se comportando para atingi-lo de alguma forma.
Regressão –
esperar gratificação que ocorriam em fases anteriores do desenvolvimento.
A vitimização pode ser considerada um claro exemplo de regressão: uma pessoa apaixonada pode tentar expor sua fragilidade, apara despertar o desejo de ser cuidado pelo outro.
Racionalização.
Buscar explicação racional para justificar pulsões inaceitáveis do ego.
Os indivíduos tendem a racionalizar quando estão apaixonados, criando “desculpas” plausíveis para evitar a vinculação. Podemos citar como exemplo, as barreiras levantadas pela diferença de classe social, de educação, cultura etc.
Negação.
Negar-se a perceber o que ocorre a sua volta, perdendo algum contato com a realidade.
Nas situações de apaixonamento, percebe-se a presença deste mecanismo quando o indivíduo não consegue ler adequadamente os sinais emitidos pela outra parte, ou fantasiando em excesso a situação, ignorando sinais importantes.
Deslocamento.
Substituição consciente de um pensamento/comportamento por outro.
Na presença da pessoa amada, você demonstra interesse por outra pessoa, com o intuito de despertar alguma reação de ciúme que demonstre que ele(ela) também sente algo por você.
Anulação.
Cancelamento da experiência prévia e desagradável.
Este mecanismo pode explicar porque é tão difícil fazer declarações de amor, pois a dor da rejeição pode ser insuportável. Sendo assim, o indivíduo passa a anular suas pulsões para não ter de lidar com a possibilidade de rejeição.
Introjeção.
Adotar características da personalidade de outras pessoas.
Os apaixonados assimilam muito rapidamente as características da pessoa desejada, e para agradá-las é possível que passem a pensar e se comportar de maneira similar, a fim de se tornarem desejáveis.
Sublimação. Canalização das pulsões afetivas/sexuais para fins mais nobres e socialmente aceitos.
Este mecanismo pode levar as pessoas apaixonadas a praticarem o bem, fazer caridade ou se engajarem em atividades voluntárias.
Estas defesas (chamadas popularmente de “joguinhos” no senso comum”) podem ter custo bem alto: a outra parte pode interpretar de forma literal estes comportamentos de esquiva como uma rejeição, assimilar esta mensagem contraditória como verdadeira, e perder a coragem para investir na relação.
Se você já vivenciou uma situação parecida, fica uma dica: tente se aproximar novamente, sem jogos, de forma franca e honesta, demonstrando seu real interesse. Pode ser que ainda exista afeto suficiente para dar um \”gás\” na relação. Mas se não houver, o jeito é desapegar-se e seguir em frente, afinal, existem muitas pessoas precisando vivenciar uma relação de apego, de forma transparente, sem “joguinhos”
FREUD, ANNA. O Ego e Os Mecanismos de Defesa. Porto Alegre. Ed. ArtMed; 2006



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