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Cisne negro – Alucinações e delírios

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A Psicopatologia por Trás de Cisne Negro


O filme Cisne Negro, de Darren Aronofsky, mergulha na mente da bailarina Nina Sayers para explorar as complexas fronteiras entre a arte, a ambição e a psicopatologia.

A protagonista, Nina, é uma "garota doce" que enfrenta a pressão constante de sua mãe e as exigências de sua carreira, o que a leva a desenvolver sintomas psicológicos latentes.


Para interpretar o papel principal de "O Lago dos Cisnes", Nina precisa encarnar tanto a pureza do Cisne Branco quanto a sensualidade do Cisne Negro.

Enquanto sua técnica de dança é impecável para o papel do cisne branco, a falta de contato com sua própria sensualidade a impede de dominar o papel do cisne negro. Essa busca obsessiva pela perfeição e a pressão para se transformar levam a um colapso de sua saúde mental.

O filme ilustra de forma dramática uma série de sintomas psicopatológicos:



  • Alterações sensoperceptivas: Nina desenvolve analgesia, a incapacidade de sentir dor, e dermatilomania, um comportamento de coçar e machucar a pele, manifestado em suas unhas e costas.


  • Alucinações: A medida que ela se aprofunda nos personagens, suas alucinações cinestésicas se manifestam com a sensação de ter penas nas costas ou suas pernas se entortando. Ela também experimenta alucinações visuais e auditivas, como a cena no camarim em que imagina atacar sua colega Lily.


  • Delírios: A trama é movida pelos delírios persecutórios de Nina, que a fazem acreditar que Lily está conspirando para roubar seu papel. Essa percepção distorcida da realidade a leva a um ato de violência delirante contra si mesma, que ela acredita estar direcionando a outra pessoa.


Ao final, a busca pela perfeição e a fusão com o personagem do Cisne Negro a levam a um ato final em que, ao dançar, ela vive a experiência de sua própria morte. O filme é uma poderosa alegoria sobre a autodestruição causada pela pressão e pela perda da identidade.

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